ZAPEIO
Vivemos o presente enquanto damos passos, agindo estamos dando passos, dando passos estamos nos distanciando do presente, quanto mais próximos do próximo passo mais próximos do presente, quanto mais projeção sobre os passos a serem dados mais expectativas ao futuro. As metas se renovam, mudam ou se alternam de acordo com a necessidade, com a visão, com a oportunidade. Se alguém acertar pode ter de aprender mais tarde, e se errar pode aprender mais rápido mas, se errar e tratarem o erro como crime, daí o julgamento vira um jogo lançado.
E claro que o erro pode ocorrer em decorrência da experimentação, foi assim que muita coisa se iniciou no mundo. As experiências sempre foram feitas com elementos diversos da natureza e do espaço, pela premissa do maior controle possível sobre o erro, e se o risco é necessário para o avanço quanto mais risco mais necessidade de técnica. Um professor pode permitir que o aluno erre, para que o aluno aprenda. Os chefes podem dar margem de tolerância aos erros, compensados pela produtividade de subalternos.
Quem toma decisões pode ter ajuda de conselheiros e assistentes, utiliza-se das informações mais concretas e dos aspectos mais viáveis, e a melhor decisão deve atender aos interesses pelos quais se está comprometido, embora os interesses podem se alterar de acordo com a alteração das perspectivas envolvidas. Quem decide pensa pelo conjunto, assim de certo modo o conjunto é chefe de quem decide.
As empresas se utilizam de pesquisas, suprem as necessidades do mercado pela soma das necessidades dos consumidores, cada índice pode influenciar outro índice e cada consumidor pode influenciar outro consumidor, quanto mais amplo mais implicações. Na mídia, do mesmo modo que expectadores acompanham as programações, também podem ser acompanhados através de medidores de audiência. Na rede, as navegações dos internautas vão além de controles remotos, as opções são incontáveis e é possível se manifestarem incontavelmente e, uma vez que ninguém está fisicamente frente a frente, isso causa uma sensação de impessoalidade que lhes permitem ficar mais à vontade para se manifestar e, quanto mais se manifestam, mais fácil esquecer, assim fornecendo pesquisas com alto índice de espontaneidade.
As empresas podem fazer fusões obedecendo a demanda dos consumidores que têm os mais diversos motivos, paixões e razões. Os produtos disponibilizados podem ter forma física ou de conteúdos, podem ser mais parecidos ou mais distantes que os anteriores que cumpriam a mesma função, ou podem ser produtos novos para novas funções. Os consumidores quanto mais pagam mais privilégios têm, por vezes também podendo se tornarem sócios de um negócio em que os valores investidos determinam o poder nessa associação, podendo os investimentos serem de valores monetários ou mais conteúdos ou agremiações. Conteúdos podem gerar mais conteúdos, agremiações podem gerar mais agremiações, ambos podem gerar valores monetários ou associar-se a produtos físicos com valores monetários.
Em termos de conteúdos muitos apostam que uma mercadoria valiosa é a privacidade, consideram que o interesse que ela desperta é sólido o suficiente para investimentos e que a rede é um ótimo local para o início desse tipo de negócio e de onde se pode, justamente, associar-se a vários produtos físicos expandindo-se em várias outras portas de investimentos.
Tudo pode começar quando alguém tem a idéia e chama outros para montar o negócio em sigilo, ou monta o negócio em sigilo e depois chama outros para se associar em sigilo, ou um grupo já formado monta o negócio em sigilo a partir da idéia: “Vidas particulares, mostradas em seu andamento, não contam com um final prévio!” Os sócios convidam outros sócios em sigilo que convidam mais sócios em sigilo fomentados pela idéia: “Curiosidade é motor de negócio!”
E a partir daí, se as mercadorias de base serão privacidades, eles as vão procurar na rede tendo por regra o fato de que as mercadorias não devem saber que estão sendo procuradas, sendo que algumas das procuradas são daquelas que sempre quiseram se mostrar, seja por solidão, seja para se promover, e ironicamente não sabem que estão sendo procuradas, embora outras jamais suportariam saber que estão sendo procuradas.
Quando se têm um grande número de privacidades os sócios partem para a sua venda que, por sua vez, são feitas em privacidade para compradores que, por sua vez, são escolhidos ao invés de escolherem, podendo comprar cotas em forma de expectadores ou de sócios – se forem expectadores devem saber que os sócios podem lhes acompanhar e não terão total acesso sobre as privacidades, e se forem sócios devem saber que os demais sócios poderão tanto assistir quanto fazer lances de associação sobre as privacidades às quais têm cotas.
“O que isso quer dizer?” “O que isso tem a ver com isso?” “Onde vai dar isso?” O jogo já começou e as privacidades são peças dele sem saber que são.
E uma vez no seu início os sócios sabem que ele deve ser ampliado, para isso logo indo expor o empreendimento aos estudiosos de diversas áreas do conhecimento, sendo que esses estudiosos devem primeiro se tornarem sócios para poderem fazer seus trabalhos em espaços especializados obedecendo aos critérios de imparcialidade.
Cada proposta dos estudiosos, a partir de uma série de catalogações, classificações e sub-divisões, é discutida entre os sócios com argumentos vários e, pelas diferenças de interesses vários, tais discussões são encerradas através votações em que cada cota de cada sócio tem direito a um voto, pelo peso de decisão. Com a aplicação das primeiras propostas votadas compartimentos de curiosidade e interesse são definidos, isso facilita a atração de novos sócios e expectadores.
Logo em seguida os estudiosos apresentam análises das manifestações das peças que não sabem que estão dentro de um jogo e propostas para suas edições para serem apresentadas como chamariz a potenciais patrocinadores para os quais já estão disponíveis espaços abreviados de atuação, bem como apresentam opções para descontos promocionais, minimizações de valores e tabelas de reajustes e complementos de caracteres para bases de rendimentos, esse material é igualmente discutido e votado pelos sócios.
E conforme os patrocinadores ingressam no jogo os estudiosos já apresentam aos sócios propostas sobre as melhores formas de fazer inserções dos seus conteúdos para interação das peças que, uma vez votadas e introduzidas, uma vez que esses conteúdos são por elas comentados espontaneamente as suas manifestações servem, junto aos comentários dos expectadores as peças e os produtos, tanto para os estudiosos os proporem como argumentos para as promoções de produtos fora do jogo quanto para ampliação ou desenvolvimento das particularidades das peças que podem ser negociadas de modo privado e que, pelo sistema de privilégio de cotas, excluem os próprios expectadores que, por sua vez, podem querer se envolver mais com o jogo e comprarem cotas de sócios, assim o sistema de privilégio segue o princípio da divisão que gera o princípio da atração pelo princípio da particularidade e, seguindo o princípio do lucro, toda vez que uma particularidade se tornar grande o suficiente para entrar no eixo do jogo já dever ter gerado novas particularidades a serem escolhidas e oferecidas de modo privado.
Os estudiosos também devem analisar o livre agir das peças sob a ótica dos interesses envolvidos, e verificar o quando seu atrativo de espontaneidade passa a ser atingidos por restrições e repetições e, pelo propósito do jogo, entre o particular e o conjunto, devem apontar a próxima etapa do empreendimento em que elas são induzidas a desconfiarem de que são parte de um jogo através de variadas pistas ao seu redor.
Contudo, pelo princípio da sugestão, toda vez que para elas uma pista avançar rumo à evidência de que estão num jogo tais pistas são imediatamente mudadas por outras pistas. Com a desconfiança as peças ficam agitadas e a alteração de seus comportamentos permite a obtenção de um bom carregamento de informações para a confecção dos relatórios, feitos em parceria entre os estudiosos, os analistas do mercado e os analistas da mídia, todos sócios a serviço do jogo, e que servirão para as próximas etapas.
E quando chega a próxima etapa, pela premissa do andamento, em que é revelado para as peças de que estão dentro de um jogo, isso de dá de forma particular e com informações limitadas, sem que elas saibam quais são as demais peças. Assim uma por uma vai sendo informada de que são parte de um jogo, e que a principal regra do jogo é que as regras podem ser mudadas dentro do jogo em função do jogo. Algumas peças funcionam melhor no improviso, outras melhoram a produtividade perante um compromisso, outras combinam melhor ambos os aspectos, isso altera o interesse do público e muda os valores das cotas dos sócios levando muitos a remanejar seus investimentos de uma para outra ou aplicar em outras peças além das que já aplicam, além de alterar o modo com que os patrocinadores incluem seus produtos sobre elas ou remanejar seus produtos de uma para outra.
E quando chega a etapa do jogo virar jogo aberto entre as peças, as colocando frente a frente, são feitas gincanas em que elas podem ganhar exemplares de produtos promovidos de consideráveis valores, sendo que a observação desse confrontos serve ao jogo não só para analisar sua esportividade quanto, junto a situações curiosas ocorridas entre elas ou de sua conduta individual no jogo que com elas joga, junto com o levantamento de dados que apontam a aceitação no mercado de produtos por cada uma delas testados e alterados ou não dentro do jogo, serve para formar os gráficos de sua empatia e contribuem para que os relatórios detalhando seus potenciais sejam finalizados e encaminhados aos sócios e seus auxiliares.
Toda insinuação desperta curiosidade, todo processo é intermediário. O caminho o jogo é a popularização e por seu prenúncio expoentes da mídia, de acordo com seu envolvimento com ele, dão informações sugestivas, é uma popularização que deve caminhar de forma gradual e ganhar grande impulso a partir do momento em que iniciam-se as campanhas de eliminação das peças.
As peças que vão concorrer à eliminação primeiramente são selecionadas pelos seus sócios-donos através de uma votação pelo mesmo sistema em que cada cota de cada sócio tem direito a um voto, peças selecionadas para o pleito eliminatório serão votadas por todos os sócios pelo mesmo sistema de cotas. Em suas campanhas de eliminação os sócios tentam convencer uns aos outros a votar pela eliminação das peças pelas quais têm seus interesses embora, conforme se aproxima a votação, se as pesquisas sobre intenções de voto indicarem que peças que lhes interessam eliminar não têm chance de serem eliminadas, podem se unir a outros sócios ou grupos de sócios que querem eliminar peças mais cotadas para vencer a eliminação deles que, se vencerem, ficarão devendo votos ou outros interesses a quem votou com eles, sendo que essas alterações de opções de votos podem ocorrer até mesmo pouco antes de votar, devido às pesquisas de boca-de-urna.
As eliminações se dão em função de captação e inclusão das peças no mercado onde serão utilizadas para atuações previstas segundo suas características que sejam melhor aproveitadas na promoção de produtos fora do jogo, assim as eliminadas são porta de entrada do jogo na mídia em geral e vai depender do desempenho e tempo de absorção da imagem de cada uma fora do jogo se as próximas eliminações dentro do jogo serão feitas em intervalos menores ou maiores, ou se serão feitas uma a uma ou em maior quantia a cada vez.
Os sócios-donos podem administrar as eliminadas em forma de aluguel ou se manter ligados a algumas delas através de cotas em sociedades para onde foram, ou podem as vender para redirecionar os valores em outras aplicações embora, mesmo que as vendam, devem dar determinadas assistências a elas caso seja necessário dentro de determinados prazos de acordo com determinadas cláusulas contratuais ou, caso tenham feito seguros das peças, as intermediações de assistências são de responsabilidades dos seguros pelos prazos firmados, em todos os casos podendo haver novos acordos com novas cláusulas e novos valores a serem vigorados em novas datas com novos prazos.
Já as peças eliminadas, tão logo saem do jogo, dão depoimentos focados até o momento que viveram dentro dele gerando pautas de curiosidade que, junto às pautas que forem sendo geradas em cada pleito eliminatório, vão formando material divulgativo do jogo e seus produtos que, uma vez excluindo os produtos que estão fora do jogo, pela exclusão chamam a atenção seus produtores para entrar no jogo.
Para a absorção mais ampla das imagens das peças fora do jogo os relatórios feitos sobre elas por sua passagem pelo jogo apontam seu melhor aproveitamento promocional e apresentam tanto seu perfil geral quanto suas particularidades e, se dentro do jogo particularidades podem ser negociadas em fechado para o privilégio de cotas, fora do jogo o privilégio se dá pela necessidade do mercado e, caso haja aumento de consumo de uma peça pela valorização de uma particularidade, automaticamente tal particularidade vai aumentar o valor da peça, podendo ainda as peças produzirem espontaneamente novas particularidades ou para elas serem produzidas particularidades em forma de sobressalentes e que caso aumentem seu consumo terão seu valor aumentado ou serão produzidas em maior escala pelo mesmo valor.
O aproveitamento promocional das peças fora do jogo divide-se em basicamente dois tipos: promoções de períodos maiores ou menores, de acordo com as estimativas; algumas peças tendem a tornarem-se bem-sucedidas em promoções mais específicas e fixadas de produtos de maior duração e que, quando for necessário fazer mudanças de sua imagem, de tempos em tempos, sejam capazes de as fazerem no menor grau possível por cuidadosos critérios em que um simples detalhe gera um grande efeito na marca, ao passo que outras peças tendem a ser administradas feito coringas em promoções diversas por intercalações de menores períodos ao estamparem produtos intercalados, assim capazes de mais rapidamente trocar de nomes em função de variadas validades visuais ou mesmo serem divididas e recicladas mais facilmente em função ilustrar traços de marcas, embora em ambos os casos, pelo princípio da singularidade, elas podem vir a surpreender nessas funções, com aquelas direcionadas a marcas mais duráveis mostrarem-se capazes de fazer a manutenção dessa imagem com uma maior frequência de discretos elementos criativos e aquelas direcionadas a promoções mais rápidas se darem tão bem a ponto de se tornarem especialistas que em sua maleabilidade poderão ter uma carreira estável dentro de um segmento específico.
Contudo peças eliminadas devem dar lucro, e uma vez dando lucro geram mais valor a si mesmas e crescem dentro de estruturas, e uma vez crescendo dentro estruturas podem chegar a um ponto em que se tornam sócias das estruturas ou, caso queiram fazer um acordo para deixá-las e se tornarem autônomas, podem manter com as estruturas deixadas laços terceirizados, seja negociando com elas a própria imagem, seja assumindo o papel de instrumentadoras de peças eliminadas preparando as de rápida duração para que sejam repetidamente desviadas para utilidades interligadas ou preparando as de maior fixação para ocupar novas cadeiras estáveis ou substituir cadeiras de peças estáveis que estão se exonerando, embora quando peças deixam uma estrutura e se ligam a estruturas concorrentes para as quais vão levar suas imagens conhecidas ou aplicar suas habilidades desenvolvidas causam conflitos de interesses entre duas estruturas sendo que, nesses casos, os conselheiros da mídia sugerem que se a escolha da estrutura concorrente tenha se dado sob aparentes condições iguais da estrutura anterior investigadores a serviço de órgãos confiáveis devem ser convocados para avaliar se as estruturas de onde as peças saíram as maquiaram em desligamento para oferecer serviços a concorrentes em função de obter informações internas e, igualmente, avaliar se as estruturas para onde as peças foram fizeram a elas propostas comprometedoras a estruturas anteriores, também sendo aconselhado que sejam feitos estudos comportamentais dessas peças para analisar implicâncias negativas quanto à deliberadas tendências à espionagem, o que pode resultar para as estruturas envolvidas em apurações de procedimentos irregulares e desmembramentos processuais com intermináveis disputas burocráticas ou para as peças um registro de ficha suja para a consulta de estruturas confiáveis e, nesse último caso, de acordo com os estudos comportamentais, peças de ficha suja frequentemente não conseguem se manter ligadas por muito tempo sequer em estruturas comprometedoras e frequentemente se tornam também autônomas de funções menores às quais não têm acessos comprometedores, embora se esses estudos apontarem que podem ser utilizadas diretamente pelo jogo por terem uma capacidade expressiva maior, devido a escassez de profissionais bem-sucedidos que gera oportunidades de exceção podem ser direcionadas, a título de experiência, para atuar como comentaristas de certos conteúdos, sendo que para iniciar-se nessa função primeiramente devem ser encaminhadas aos adjuntos que farão encaminhamentos aos técnicos que encaminharão suas análises para que sejam alteradas por retificadores em maior ou menor grau de compromisso, depois irão executar pequenas atividades de reprodução verbal ao mesmo tempo que serão constantemente reavaliadas por parte de assistentes de esforço de integridade e instruídas por revitalizadores de critérios éticos, até serem direcionadas como comentaristas de conteúdos desgastados, comentaristas de conteúdos insanos ou comentaristas de conteúdos extremamente racionais, e caso ainda assim, uma vez em ação sobre palavras de opinião, se algumas vierem a se apresentar perspicazes de forma danosa querendo interferir no jogo de forma danosamente atrevida, por seu intolerável atrevimento serão afastadas de modo definitivo de qualquer função relativa ao jogo ao mesmo tempo que serão atingidas com diversos recursos tais como o desacreditamento de suas palavras diante do público que inclusive fará parte do jogo para suscitar a curiosidade e aproximação de mais público num tempo que frequentemente tem pequena duração, até serem tratadas como empecilhos e, uma vez empecilhos, num tempo que pode chegar a média duração, servirão para testar a eficiência das peças que ainda são ou serão úteis ou mesmo como análise na função de diminuir o surgimento de novos empecilhos ao largo do caminho, por fim elas próprias findando por gerar um natural auto-apagamento de cada palavra sobre o jogo e, em alguns casos insistentes, podendo se entregar ao jogo como suplementos de reuso ou adubo ou, caso não queiram se entregar, serão constringidas a se tornar material em decantação.
Dentro do jogo, pela importância do conjunto, o teste de identidade das peças é constante e quanto mais cresce o poder do jogo mais cresce o poder delas, quanto mais cresce o poder delas mais preocupadas ficam com a imagem que passam e quanto mais preocupadas com a imagem que passam mais fazem conjecturas a respeito do que seriam virtudes e defeitos aos olhos do público, já logo surgindo por parte de algumas delas a idéia de que, pelo princípio de que não há unanimidade, uma imagem com mais elementos virtuosos e fracos elementos defeituosos ganharia a simpatia de um maior público, assim já logo pela imagem já estando a vigiar a si mesmas e sofrendo pressão de si mesmas na intenção de prostrar possíveis defeitos por possíveis virtudes e, desse modo, muitas já logo fugindo de sua real natureza e já logo já partindo para novas conjecturas tais como o fato de que dentro do jogo o que o público consideraria uma virtude porém apresentada num momento inadequado as tornariam foco de ataque de outras peças e que o que o público consideraria um defeito num momento adequado as tornariam mais bem posicionadas, tanto quanto muitas outras conjecturas lhes surgem de outras conjecturas e de conjecturas em conjecturas estarão em constantes mudanças de posições se assumindo ou se escondendo de modo irregular e, nisso, inclusive podendo ocorrer de muitas daquelas que uma vez tendo influenciado a mudança de posição de outra anteriormente ao mudar novamente nem sempre terá a concordância daquela que influenciou, tudo podendo causar choques diretos e indiretos que vão se refletir no julgamento do público e que muitas vezes são desnecessários ou mesmo prejudiciais ao jogo.
O trabalho dos técnicos é dobrado num momento em que tudo exige paciência, assim a paciência deve trabalhar junto com a pressa. Os coordenadores sabem que precisam desmontar a imagem que certas peças fazem e as devolver para o mais próximas possível de suas reais naturezas para o melhor aproveitamento. Os gráficos de nuances mostram, ironicamente, que algumas peças mais virtuosas, e que já foram eliminadas, se quando não desconfiavam que faziam parte do jogo agiam com displicência sobre suas próprias ações ou opiniões, ou então deixavam-se levar pelas ações ou opiniões alheias para uma melhor convivência ou indiferença, a partir do momento em que passaram a desconfiar que eram observadas vieram a mostrar mais definição e sinceridade ao falar e agir e, ao tomarem conhecimento de que eram parte do jogo, se tornaram bem mais efetivas sobre o que eram e o que pensavam. Os gráficos de nuances de peças eliminadas, combinados com nuances de comportamento das peças presentes no jogo, ajudam na melhor identificação das mais virtuosas, embora coordenadores também sabem que muitas delas não podem ser facilmente detectadas por comparações tanto quanto sabem que peças que forçam imagens não são necessariamente peças falsas e que, muitas das falsas, mesmo defeituosas, são mais eficientes em se ocultar do que aquelas apenas perdidas em conceitos de imagens, portanto sabem que ainda existem peças virtuosas e falsas ocultas.
E frequentemente uma grande ajuda para solucionar a questão, ironicamente, é quando surgem os caçadores de recompensa, pelo setor terciário, e que pela prática de seu olho clínico são capazes de identificar mais rapidamente pela aparência, ironicamente, tudo que for próximo a interferências no núcleo, tanto quanto são capazes de chegar mais rapidamente ao núcleo sem lhe abater, sendo que alguns são velhos conhecidos do mercado e esses, rápidos em localizar cabeças das peças mais virtuosas para comprar suas ações em nome de terceiros, exigem ainda mais rapidez dos coordenadores do jogo buscarem negociação com eles, e caso eles não queiram negociar os coordenadores contratam interrogadores de caçadores de recompensa que vão obter, com base em interrogatórios coercitivos, tanto as confissões sobre quais são as peças virtuosas identificadas quanto quem são os terceiros que utilizam para comprar ações, e embora não exista 100% de eficácia nessas negociações e interrogatórios por outro lado também são muito úteis quanto a identificar vários outros elementos nocivos ao jogo e os quais os caçadores de recompensa têm contatos tais como, frequentemente já presentes na periferia do jogo, os corruptos em diversas esferas estabelecidas e para os quais são contratados caçadores de corruptos que, uma vez praticada a caça, vão encaminhar os corruptos aos interrogadores de corruptos para desencadear o processo de delações e a partir daí pode-se chegar tanto a alguns novos caçadores de recompensa quanto a alguns novos corruptos.
O jogo cria regras conforme as necessidades, quanto mais as regras suprem as necessidades mais geram idoneidade ao jogo. Uma das regras firmadas entre os sócios inclui novas cláusulas de seguros do jogo dentre as quais novas garantias de se oferecer determinadas assessorias fora do jogo tais como a detecção das peças que passaram por processos corruptores e que, tenham elas sofrido pequenas avarias ou mesmo danos razoavelmente estruturais, ainda apresentam utilidades viáveis, para nelas serem feitos esforços pela sua restauração por prestadores de serviços contratados tais como os puritanos e os recauchutadores que, junto aos corretores e os profissionais preparatórios do jogo já a postos, farão o salvamento de valores ainda presentes, frequentemente sendo ações compensatórias tanto em relação ao retorno que tais peças oferecem em média quanto pelo fato de que, uma vez tendo passado por situações incomuns, geram valores agregados ao próprio currículo e ao jogo.
Por outro lado o jogo como um todo necessita de diversas ações específicas em prol de específicas ações recuperadoras, mesmo que para isso seja necessário chegar ao lado mais obscuro para seguir de volta à claridade. O filtro de critérios deve ser afunilado e aplicado. Essa é uma das etapas mais radicais do jogo e atinge todos os jogos interligados em todas as suas conexões, ramificações, acessos e interesses relacionados, é necessário uma minuciosa revisão de conjunto, por parte dos jurisconsultos a serviço do jogo, em busca de localizar tanto situações de prejuízo em estado de ação quanto ameaças latentes, e determinar as punições.
Para o afunilamento do filtro de critérios os jurisconsultos sabem que a pior pressão é a adulação e todo demagogo se entrega na síntese, que a ditadura não admite o próprio erro e quem mata exceção quer um modelo inalcançável, que a maior função do profissional é resolver contradições e que vinganças maquiadas comprometem o curso normal da justiça, que impertinências de excentricidade geram consagração dos ávidos por sensações de borda e que sensitividades corroídas por ânsias de poder geram superstições incabíveis, e frequentemente os vaidosos que chamam teimosia de convicção e os velhacos amparados em tendências retroativas, os estúpidos que defendem ignorância por covardia e os presunçosos que promovem vergonha por imitação, os adeptos da facilidade em sair ilesos de más ações e os insensatos mergulhados em escassez por discursos supressores de identidade, os planejadores de imprevistos negativos e os intituladores de auto-afirmações abusivas ou quaisquer formações competitivas baseadas em complexos intoleráveis tal como a desnecessária necessidade de se sentir superior, os grupos formados por concepções de gangues que trabalham sobre o desencontro entre seres e, muitas vezes, justamente através do discurso de união de seres, bem como os bairristas e os separatistas cujo objetivo é formar um sistema onde a maior razão é atingir a emoção e eliminá-la em forma de ilusão, são exaustivamente rastreados, em seguida sendo feitas desagregações de grupos para julgamentos unitários em turnos e, uma vez sobre aplicado o filtro de critérios, são determinadas as punições que podem ir desde multas a cortes, a serem executadas por parte dos cargos superiores de cada caso e sob a inspeção dos jurisconsultos e, caso tais execuções não sejam feitas à risca, os jurisconsultos têm poder de determinar os cargos marcados por falhas de execução que podem sofrer, dependendo da gravidade ou número de falhas, desde razoáveis penalizações a rigorosas sujeições, sendo que dentre as hierarquias menos atingidas por falhas de execução estão a dos preparadores e corretores que estão associados a diversas atividades paralelas e inclusive podem atingir níveis de importância razoável e até influir em decisões maiores dentro jogo embora, frequentemente, têm natureza mais passiva e gostam de discrição, e dentre as hierarquias mais atingidas estão as dos agentes de transformação que podem ser as primeiras a terem seus relatórios analisados.
Todavia, do mesmo modo que se toda necessidade ou definição pessoal são admitidas quando avançam rumo às necessidades e definições em prol do conjunto e todo conflito pessoal é admitido pela premissa de gerar fortalecimento ao conjunto, o filtro de critérios também é aplicado com base em projeções para novas etapas. Se a possibilidade desprende a verdade, o propósito faz a análise, e aqueles que correm riscos podem reivindicar revisões de propósitos em prol de uma segunda chance de gerar lucro na engrenagem, para isso sendo necessário se retratarem por prejuízos morais e pagar prejuízos materiais com valores correspondentes aos atingidos, ao passo que todos que se encontram em estado de confronto devem adotar legítimos critérios de ação e se oferecer espontaneamente a testes de adaptação, os interlocutores devem pedir antes de impedir e os cargos marcados por falhas execução devem pagar uma taxa ao jogo numa conta usada justamente como fundo de manutenção para o afunilamento do filtro de critérios que, ao trazer à tona antigas pendências, conflitos e questões, pode promover suas elucidações a uma parcela maior ou menor do público caso haja demanda em saberem como serão resolvidas ou gerem novos jogos ou diversificações de jogos ou lucro ao conjunto desde que os envolvidos não causem entraves a novas etapas e, em caso de reincidências de entraves, os seus causadores podem sofrer expurgos irremediáveis e afastamentos cabais. A lentidão não deve falar mais que o ânimo e o ânimo não deve tornar tudo igual, nenhuma esmola deve sair caro e o vício não pode render mais que a fome, a diferença entre idéia e ato mede a característica de realizações.
O jogo pode atravessar fronteiras e línguas e tornar-se produto universal do grande público obedecendo a necessidades diversas de acordo com os produtos e empresas envolvidas bem como os expoentes cujas platéias formadas em diversas áreas que vão desde elites específicas até o povão. As pesquisas contribuem com as regras, os dados influenciam conceitos. Expectadores seguem peças e conhecem produtos ou seguem produtos e conhecem peças, novos produtos são acrescidos ao comportamento das peças e se tornam conhecidos e novos produtos surgem agregados aos conhecidos, peças e produtos geram novas pesquisas e novas análises e receptadores fazem novas receptações, valores existentes são negociados pelo sócios e seus auxiliares podendo gerar valores que nunca antes existiram e poderes existentes são transferidos para os agentes de transformação que atuam sobre eles podendo gerar poderes que nunca antes existiram, todo novo valor e poder é direcionado pelos direcionadores de novos valores e poderes que estão associados em maior ou menor grau a toda sequência de cargos e domínios.
As apostas ilegais, feitas no câmbio negro, contam com a infiltração de espiões do jogo para que os coordenadores façam denúncias e, ao mesmo tempo, investiguem se existem produtos a elas co-relacionadas disponíveis em bancas de pirataria para pedir seu recolhimento junto às autoridades. As apostas legais são promovidas por agregados ao jogo e vão desde as apostas abertas sobre eliminações ou particularidades diversificadas até apostas sigilosas para público sigiloso, ambas podem gerar temas abertos para a mídia onde expectadores têm aparições interagindo com opiniões que podem gerar apostas polêmicas que geram mais polêmicas, apostas polêmicas são feitas sobre datas de validade de polêmicas ou sobre o rumo de polêmicas sem datas de validade e apostas apostam que polêmica nasce da decadência ou que polêmica combate a massificação, apostas são fomentadas pelas polêmicas declarações de críticos que apostam que o público determina a polêmica da crítica e apostas polêmicas surgem por conta de polêmicas apostas que apostam que a realidade pode ser conduzida com recursos de ficção para ser melhor digerida e que o que faz a diferença é o tratamento a que recebe o gênero e que se muda o gênero, onde um fato real se desdobra para tão somente ficção, quanto mais passível de ficção mais pode haver abstração, apostas várias apostam que a abstração raramente sobrevive de forma isolada e frequentemente sofre de volta o reboque de fatos reais mais ou menos amplos embora a alguns profissionais é possível manter ou acrescentar a toda condição por mais real que seja uma forma abstraída o suficiente para lhe dar leveza como o palhaço de circo se pelo gênero tem precedentes de ação é o tratamento que dá a seu gênero que lhe permite aplicar peças que aos demais humoristas poderia ser arriscado, apostas apostam que só o palhaço pode definir a graça pela graça e ultrapassar certas barreiras entre mérito e demérito e que o presente é um triste palhaço que pode ser salvo fazendo justiça ao passado pelo enfrentamento de complexos sociais de idade ancestral que existem por resultado de opressões e que, num cotidiano cujos efeitos da própria opressão já gerou novos complexos, apostam que a concomitância deve fazer o encontro de elementos distintos ditado pela evolução do pensamento individual, apostas apostam que pelo princípio do esquecimento o destino é estatístico.
O momento determina o ritmo, e se quando mais profissional mais necessidade de controle sobre o ritmo também quanto mais profissional mais pode ocorrer do ritmo tomar conta do profissional, no que se faz necessário o ressurgimento do pessoal em busca de salvar o profissional e, uma vez ocorrendo mudanças internas, elas se refletem no externo e claro que, quando se refletem no externo, de certo modo já ocorreram, o inconsciente já trabalhou o critério antes dele se tornar opinião e conforme caminhou para o consciente a opinião já foi trabalhando a expressão pelo estilo de cada talhador, havendo em termos de percentual uma influência maior de opiniões mais praticáveis e não esquecendo da natural dissociação entre os percentuais tanto quanto a natural atração de novos deles para com novos deles. Entre o que circula na tv, na rede, nos rádios a pilha e nos corredores de jornais e revistas, o reflexo de opiniões sobre o público pode causar divergências várias, e se a opinião de um talhador atinge alguém cuja personalidade vive momentos de ebulição, pela fase em que essa personalidade passa, pode comprometê-la ou salvá-la, ou ambos, embora em se tratando de fase tudo é passável. O ibope se dá pelo acompanhamento, no caso da rede pelo índice de visitas a cada página.
Internautas podem ser seguidores ou seguidos, ou os dois ao mesmo tempo. É possível escolher a quem seguir, mas ninguém escolhe seguidores, eles chegam das mais variadas maneiras, pelas mais variadas trilhas, podem ter ser dos mais variados tipos, usar os mais variados pseudônimos, estar visíveis ou invisíveis. Sites também são seguidores. Empresas também são seguidoras. E sejam pessoas físicas ou jurídicas pode ocorrer de seguidores serem perseguidores, ou ambos.
E se por trás de pessoas jurídicas existem pessoas físicas, pessoas físicas podem usar pessoas jurídicas de modo a praticar perseguições pessoais, embora pode ocorrer de pessoas físicas pensarem que estão sendo perseguidas por interesses pessoais quando estão sendo perseguidas por interesses profissionais que analisam necessidades pessoais em função de ações profissionais, do mesmo modo que pessoas físicas podem navegar tanto por motivos pessoais quanto profissionais, entre um momento e outro, e quem lhes segue pensar que o motivo pessoal é profissional ou o motivo profissional é pessoal, sem esquecer que a vontade de se ligar o profissional e o pessoal, pelas diversas aptidões, e que é um grande sonho, ou pesadelo, humano, pode gerar rasgos de conflito constantes em situações que misturam gêneros em rodízio e, considerando que entre o pessoal e o profissional existem diversos setores mesclados que podem ser tanto entretecedores quanto ongs ou comunidades e instituições de iniciativas assistencialistas ou comoções das mais variadas de duração segundo a própria natureza em maior ou menor escala de números e motivos numa infinidade de situações, com frequentes inversões pela intercalação de identidade, ou identificação, de acordo com as necessidades mais urgentes, conflito por conflito entre o profissional pessoalizado e o pessoal profissionalizado frequentemente é a parte mais íntima e pessoalizada, sobretudo quando a coisa desemboca na privacidade que é mercadoria que gera os mais variados impulsos de curiosidade que podem mover as mais variadas formas de consumo e atrair os mais variados profissionais bem amparados pela distância e pelo anonimato, alguns benéficos e outros destrutivos, que causa as maiores crises em que o profissional tenta resolver.
E seja como for frequentemente é quando pessoas particulares estão agindo por motivos particulares que se tem um número maior de experimentações traduzidas em palavras ditas de forma espontânea e sem nenhuma preocupação quanto à regras pré-estabelecidas e, se o particular é motivo de ânsias, sem o particular as ânsias simplesmente ficariam procurando o particular, tudo viraria uma bomba de vácuo, não esquecendo que há casos de pessoas tão perdidas em suas ânsias que delas fazem uma força e, mesmo quando caem no vácuo, dele fazem vários vácuos que podem se tornarem produtivos e inclusive acrescentadores ao conjunto dependendo de como a pessoa lida com isso, de como vai mesclar identidade com identificação e trabalhar o salvamento de valores, ou de si, ou de qualquer coisa. Juízo de valor, se a inteligência ganha da identidade sem identidade a inteligência não seria nada, e se a identidade não precisa ter um nome e antes é algo cravado em cernes que preferem pagar pau mais exatamente para a imaginação a quê os créditos são oferecidos de uma forma mais larga mesmo que, inevitavelmente, a imaginação nunca tenha direito de atingir todo seu cume já que o cume de sua natureza abalaria todos os cálculos, que se trata de algo predisposto a expansão a que se recorre com uma série de atributos anteriormente desenvolvidos por uma série de motivos em termos de preenchimento e inovação, raramente podendo ela toda ser utilizada de modo isolado para além do sentido de sugestões experimentadas e inclusive no sentido de aliviar o excesso de dúvidas e inclusive causar algumas delas e inclusive até de forma mais ou menos cômicas, então o valor tem seu juízo.
Várias traduções a anseios, várias outras a vácuos. Até mesmo o tédio pode determinar os impulsos, podendo tudo vir de fatos reais e nesse meio haver tanto baldeamentos de apreciações levados em forma de sátira quanto encadeamentos querendo reconfigurar a confusão ou então peculiaridades capazes de superação com soltura, também podendo ser tudo junto unido num só momento que, se passar dele, pode até desaparecer. O mundo está cheio de coisas incríveis que nunca foram ditas tanto quanto foram ditas somente para paredes tanto quanto foram ditas para quem não deu atenção tanto quanto o mundo está cheio de coisas medianas que se tornaram incríveis ao passar pela mão de quem investiu nelas. No mundo a esperança é mãe da fé e, se a fé vira política, faz o politicamente correto precisar de correção. No mundo só é eterno o que nunca nasceu o todo dogma é mérito do relativo.
Eu sou do tipo que raramente me lembro dos finais do que assisto e, quando alguém me conta algo, por mais banal que pareça, posso ficar com isso por um bom período na memória sem saber como foi que contou o final, vivo refazendo os finais, frequentemente me apego ao que ouvi mais pela pessoa que me contou e pela forma com que me foi contado e com o tempo me lembro apenas das sensações que tive em relação à pessoa que nem mais sei quem é. Receber como ato de afeição faz cada qual ter as suas e elas tem várias fontes.
Estou me lembrando de uma sequência de textos que andei lendo por um bom período e que por estar escrito não preciso me preocupar em esquecer, posso reler se quiser, ao passo que a pessoa que escreveu tende a se fragmentar na minha cabeça mais cedo ou mais tarde, mesmo porquê nunca a vi pessoalmente.
À bem da verdade foi uma sequência de emails que recebi, de uma amiga virtual em crise, escritora jovem. Ela estava abalada, até me dizia que pensava em desistir da carreira.
Assunto: FIM
(…)Na rede os recursos destinados a invasão de privacidade são exorbitantes e superam o montante arrecadado em muitas campanhas pro combate à fome e à miséria ou mesmo os custos de algumas guerras! É algo do tipo de forma toda geral pela mais ampla forma que é a forma mais específica que nos faz quase perder a especificidade e por causa disso dá na gente vontade de fugir pra antes da gente lá pra um passado onde a gente era mais inofensiva e mais feliz quando não tinha toda essa questão que é a questão que é e que é que sendo o público-alvo que nos escolhe ele pode nos chamar do que quiser tipo nos chamar de obcecada e assim ele não só nos escolhe como escolhe como nos chamar!(…)
Eu lhe ofereci pequenas palavras, tentando lhe consolar, lhe animar a não desistir de escrever, lhe disse que a rede junta a maior multidão até os dias de hoje e que é o que é, no que ela me retornou dizendo que eu lhe desse a devida atenção porquê queria me dizer algo específico mas que, antes disso, queria falar de tudo que isso a remetesse. Num outro email do FIM:
(…)E a mais absoluta questão seria mais fácil de ser entendida se tudo fosse visto de um modo que fosse tudo coisa que ladrão tudo que aconteceu comigo mas isso não é nada fácil de assim ser entendido! Não dá pra falar que é do tipo de ladrão livre que vive pegando carona na rede tipo ladrão de rede do tipo que vai e vem e acredita estar no ambiente adequado e torce pra que piore! Não dá pra falar que é do tipo de ladrão de todo tipo de ladrão que é moderno e gosta de status e que mistura tudo e não admite que oportunismo é oportunismo e roubo é roubo tipo ladrão que torna o ato de roubar em costume arraigado no avanço pelo atalho e aliás até mais que costume porquê é vício na cultura de invasão que é vício difícil de se romper e que aliás só cresce e que aliás vira até mais que vício porquê vira crença na impunidade e que aliás vira até mais que crença porquê vira ideologia porquê assim esse ladrão sente-se diferenciado e é diferenciação nefasta em prol da influência nefasta! Não dá pra falar que é tipo ladrão-professor que já passou por muitas escolas do prezinho até a faculdade e que agora é dono de privadas audiências e dá privadas aulas na burlativa triagem onde ensina como tratar o pequeno por grande e estourar o valor na ação tipo ladrão que se preciso vai e vem entre físico e jurídico até no filológico donde usa a regra travestida na alegação de que somos imperfeitos tipo assim ladrão que analisa e se maquia e infiltra-se e vive em compulsão semi-saciada e atrai tantos seguidores e tantos deles apenas curiosos de toda gama infindável de curiosos cujo tédio brutal só lhe fortalece! NÃO! NÃO é de nenhum tipo assim de ladrão NÃO que estou falando NÃO! Porquê o tipo de ladrão o qual quero me referir é outro tipo de ladrão que mau consegue ser ladrão e nem é ladrão mas age como ladrão sem admitir que age como ladrão!(…)
Seus emails chegavam quase que diariamente, e enquanto os lia de repente me lembrei de algo que me ocorreu nessa breve vida e que me fez pensar que eu era ladrão de mim mesmo, fiquei totalmente perdido por conta de ter me visto como a um espelho em diversas situações, no que findei por considerar o espelho como reflexo de uma espécie de influência de sonhos sobre uma realidade que só eu posso ver, qualquer coisa para evitar de ficar pensando em loucura porquê pensar em loucura enlouquece demais e influencia mais loucura.
Foi assim seguindo-se a sequência de emails dela, FIM(32), FIM(47), FIM(69).
(…)Assim por assim só pra facilitar sua compreensão o ladrão que mau consegue ser ladrão e nem é ladrão mas age como ladrão sem admitir que age como ladrão é tipo ladrão sem querer e sem querer é sempre sendo sem jamais ser e sempre sido sem ser e sendo, é ladrão insido e ladrão insido não adianta dizer a ele que ele não é mas age como ladrão porquê se ele não admite que é ladrão jamais vai aceitar que é ladrão e vai continuar assim agindo e assim cada vez mais será e quanto mais assim for mais não vai admitir o quanto é que é e nem é mas é sem ser de verdade e sem precisar da verdade pra ser! Entendeu? É um ladrão na ação de nunca ser inteiro e que é basicamente um não ladrão tão não ladrão que vence todo ladrão porquê nunca sendo inteiramente é muito mais que qualquer ladrão seja o ladrão que do tanto sido que sempre soube ser sempre vai ser o tanto que é em seu tanto sendo quanto o ladrão que sabe que do tanto que é nunca será o tanto sido que sempre quis ser ou então o ladrão que não sabe quase nada de nada mas sabe que é ladrão em seu querer ou mesmo o ladrão que do que não mais quer ser é o tanto que um dia quis ser ou ainda o ladrão que de tudo de ladrão que tem nele quase tudo quase sempre é ou o que reúne tudo de quase tudo de ladrão ou mesmo o ladrão que sem saber o tanto tudo que quase sempre é de todo modo é! Entendeu? Eu estou falando de um ladrão que só é ladrão na ação mas não é ladrão que a gente chama de ladrão assim sendo sem nunca ser e sendo até o fim por sempre ter sido seu jamais ser de sempre ser sendo insidamente eterno em seu ser inser tão ladrão num infinito anti-admitido e que por isso causa um problema de interpretação sem solução que só dá confusão! Eu sei que pra você pode ser um pouco difícil entender o que só eu é que sei do que é ser vítima na mão de ladrão sido tão insido e tão insidamente sido até o ponto de ser inchamavelmente de sido insendo e sendo que é e é e não é mas é sem querer saber que é sendo sempre até jamais ser em si um sendo que sempre foi e será sem ser de ser num nunca e sempre eterno deixar de inser e ser como se fosse um grande gráfico de uma grande experimentação que não deu e deu sem dar dando certo de uma grande corporação jurídica! Agora entendeu? NÃO entendeu?(…)
Seguia ela por aí, inclusive mencionando estar farta de “invasão particular e protegida!” e de que “todo ladrão de privacidade é latifundiário!”, e embora, tanto quanto ela, se cheguei a pensar em desabafar bem abertamente, porquê tem uma hora que a gente só precisa desabafar, podem nos chamar até de maníacos, podemos até gerar uma polêmica que não vai nos beneficiar em nada, mas a gente precisa, logo me dei conta de já não mais queria desabafar, talvez porquê só de saber que podia desabafar com ela já não mais precisava desabafar, embora no caso dela era sabendo que podia desabafar que desabafava, naquele momento, sendo que aquele momento, para nós dois, não era o mesmo momento, havia, para além da barreira espacial, uma barreira temporal, já que ela estava desabafando no momento que queria desabafar e eu estava recebendo seu desabafo num outro momento, e por outro lado havia o conforto dela em saber que não seria interrompida, enfim, estatisticamente ela tinha seu desabafo sob controle.
A jovem escritora estava fazendo desabafo policênico com seus motivos, mas não me dizia os motivos, apenas deixava seu verbo correr livremente:
(…)Se alguém conta algo privado a alguém e vaza pra rede alguém perde a confiança de alguém e se alguém inventa algo de alguém e vaza pra rede alguém é inimigo de alguém e se alguém que devia ser alguém de confiança de outro alguém invade esse outro alguém que navega na rede nem tem como entender que tipo de invasor é esse a não ser como um alguém ladrão sendo sem ser num sempre sendo sem jamais ser até ser um insido eterno de tanto irser e ser sendo só por agir feito ladrão sem saber em seu ser sem ser de ser sem admitir em ser! E assim o único jeito de fazer com que o ladrão que não é ladrão mas tem o defeito de agir e não saber que age como ladrão por não admitir parar de agir feito ladrão é lhe oferecer um motivo pra que conheça os defeitos ou o que julgue ser defeitos do invadido porquê se isso pode até diabolizar o invadido ao menos ele estará mais perto de ser humano porquê todo ladrão que não é mas age como ladrão sem saber nem admitir não suporta defeitos abertos porquê não entende que a única perfeição que existe é o aperfeiçoamento! Pode reparar que todo ladrão que não é mas age e não admite que age como ladrão é até capaz de amar um deus que desconhece e que se conhecesse sua perfeição não seria bem amor de um ladrão que não é inteiro e nem é mas age como ladrão inteiro! E como é que seria o amor do ladrão que é e não é e é sem ser sendo ladrão? Seria apenas ele o amor inteiro um amor desinteiro se foi roubado pelo próprio ladrão que é e não é e é sem ser sendo na ação sida e inadmitida de ser um impossível insendo de tanto infinito ser de inser sendo que ficaria o amor desinteirado só sendo amor antes de ser desinteiro e assim seria um amor dependente do passado pra existir só no passado coitadinho só por causa do ladrão desinteiro por nunca ter sido mesmo jamais tendo deixado de ser sem ser sendo tanto até tanto inser de sempre nunca ser e ser sendo!(…)
E quando a curiosidade me fez perguntar de quem ela falava o seu retorno veio em forma de atacar a “velha guarda”, e quando eu lhe disse que em todo lugar sempre teve história e lenda sobre ladrão e toda literatura tem ladrão em algum lugar ela disse que não era disso que estava falando e que eu devia saber do que ela estava falando, e quando eu lhe disse que se uma peçonha quer invadir o quarto da gente a gente tem de tentar espantá-la ela confessou que isso era impossível porquê seu quarto e tudo mais já estava invadido e, por fim, de “velha guarda” traduziu isso na forma de “gerações anteriores”, e chegou até a questão entre pais e filhos:
(…)E pais podem agir como ladrões insidos e vigiar o histórico dos filhos sem que os filhos saibam porquê estão preocupados e vivem numa sociedade com psicopatas e libertinos e indutores e canalhas e se os filhos descobrem podem se virar contra os pais que querem lhes defender e podem até gerar um culto ao desconhecido por causa da vigilância e assim buscar no desconhecido uma ilusão de privacidade por fugas inespecíficas rumo a rumos inespecíficos e assim o grau de risco aumenta embora em termos de risco vendo a palavra como chance quem sabe assim a gente pode encontrar quem cuide da gente à distância sem que saibamos quem são e podem nos amar de uma forma livre e que assim por assim seria um amor assim em forma de anonimato feito tipo assim algo assim que não tem fim feito não ter toda presença nem toda marca de mim e assim eu viraria ou já virei tipo assim alguém anônimo falando algo anônimo a outro anônimo tipo ir muito além do além!(…)
Ela estava desabafando a mim, estão confiava em mim. Fiquei a receber mais emails e algumas dezenas deles depois, perante meu silêncio, ela revelou que havia frequentado “sites comprometedores”, os quais foram flagrados por seus pais pelo seu histórico de navegação, e seus pais vieram falar com ela, pelas suas palavras, “cheios de preocupação”.
(…)Em ambos os casos por ambos os lados o totalmente pessoal e o totalmente profissional pode ser uma pesquisa totalmente total e toda pesquisa totalmente total causa uma totalitária anarquia total! Até as totais redes de relacionamentos oferecem desde totais relações íntimas até totais relações profissionais e o usuário total clica nas opções totais pelas quais está totalmente interessado podendo estar atrás somente de totalmente trabalho total ou de totalmente intimidade total ou totalmente os dois ao mesmo tempo porquê todo mundo pode ter dois interesses ao mesmo tempo do mesmo modo que todo mundo às vezes fica sem interesse algum lembrando que mesmo quando a gente fica sem interesse algum isso também não deve ser confundido com falta de identidade do mesmo modo que se a gente se encher de um monte de interesses também não quer dizer excesso de identidade! É tipo assim algo de modo a juntar tudo num milhão de coisas e depois voltar até a uma só coisa e dela ficar em duas coisas feito uma só coisa! Entendeu né? Que bom. Agora tenho certeza que você entendeu e então agora pronto e então agora sim, eu queria transformar você num INICIADO ANÔNIMO pra que sua compreensão fosse compreensiva o suficiente e agora que já te INICIEI em compreensão compreensivamente compreensiva pra compreender agora não vou te impedir de mais INICIAÇÃO ANÔNIMA e então assim por assim por todos os lados de todos os casos é assim que é viver tipo assim em medidas de pensamento estranhas porquê o pensamento sabe que nunca seremos capazes de contabilizar tanto a eternidade quanto o menor de todos os espaços de tempo e pensando nisso penso que o pensamento não tem de ficar amarrado ao tempo e sim viver tipo entre totalmente digladiar com o tempo e totalmente ganhar tempo do tempo que pode nos dar tempo já que ele é tempo de forma totalmente total e amplamente ampla! E então agora pronto de novo e então agora sim de novo e então pra continuar sua INICIAÇÃO ANÔNIMA entenda que o que vale é a amplidão do conjunto em ação que é quando a gente entende que a quem respeita o tempo também vai o tempo respeitar o tempo da gente consciente ou inconsciente e isso explica porquê é que eu posso pesquisar como quiser dentro do meu tempo e dos meus vários interesses variados independentemente da variação que quiser variar!(…)
Seguindo-se ao corpo do email ela confessou que andou vendo sites de sexo, “sites comprometedores”, e escrevendo sobre o conteúdo deles, era uma escolha por livre exercício. Em sua chateação ela achava que seus pais agora a estavam vendo como “imoral”.
(…)O que é imoral na rede? Visitar “sites comprometedores” ou invadir o espaço de quem visita “sites comprometedores”? Eu é que sou a vítima e agora mesmo que queira me defender iria me sentir ridícula já que sendo vítima não tenho de me defender de nada! Agora fico aqui, fazendo esse relatório e oscilando entre o maleável e o manipulável!(…)
FIM(186), FIM(242), FIM(…) Ela soltava-se cada vez mais e eu lhe admirava sem a necessidade disso dizer. Ela sabia que eu a estava ouvindo, email por email.
(…)Se um casal apaixonado invade um quintal pra comer uma fruta teoricamente seu erro estaria perdoado. Na prática podem ser vigiados e punidos por quebrarem as regras. Mas quem vigia quem faz as regras? O problema são os sócios majoritários! E a questão é que se alguém precisa de ninguém pra mudar a si ou alguém as mudanças já estão determinadas antes de ocorrer pela demolidora inércia da ocorrência já ocorrida!(…)
FIM(391), FIM(538), FIM(…) Daquele jeito ali eu já pensava em como iniciar outra coisa com ela, quem sabe marcar um encontro, mas não tive coragem, nem sei onde ela mora, e no esforço concluí que melhor seria fazer um apanhado do nosso momento de forma mais branda e consegui lhe transmitir a informação de que o próprio fornecedor de um jogo é peça do jogo, que tem jogo que não é feito para ter fim e onde todo ganho é temporário, que se muda o público muda a avaliação e que pensamentos alegres ou tristes, ou sem indicativos, por vezes me parecem fazer parte de apostas subsequentes, cada qual no seu momento, no que ela me respondeu que eu não tinha entendido nada, que eu não entendia nem o lado profissional, por falta de teoria, nem entendia o lado pessoal, por falta de prática, o que me fez ficar em silêncio e desse modo alimentar a conversa.
(…)E você quer que eu diga o quê se tudo que a gente vê por aí desses temas preocupantes ao conjunto social como dejetos de mineradoras feito lamas escorrendo sobre cidades feito lavas de vulcões e os lamentos de um povo entre lesões e esperanças e a faísca oculta de ações ocultas ou os desígnios sem placas capazes de ganhar o mundo desde o início só dão vontade de esquecer? Hein? Pois o culto a Onanis tem se tornado cada vez mais frequente numa sociedade com um índice cada vez maior de solteiros e o índice de orgasmos com hora marcada determina a credibilidade de muitas audiências e talvez até contando com apostas paralelas!(…)
FIM(985), FIM(…) O FIM lhe dava margem a gerar argumentos espontaneamente, era um FIM cheio de novas etapas e, quando sofreu sua interrupção, eu nem saberia ao certo como qualificar.
Porquê esse email acabou sendo, não sei se por descuido dela ou por algum tipo de rastreamento, distribuído para uma lista de emails desconhecidos que, aproveitando-se da polêmica, e publicidade gratuita, logo passaram a dar seus retornos.
Um deles dizia assim:
POR FAVOR! ESTOU DESESPERADAMENTE PRECISANDO DE TUA AJUDA! UM AMIGO QUERIDO PRECISA DE UM TRANSPLANTE E NÃO PODEMOS PAGAR! DEPOSITE QUALQUER VALOR NA C/C…
Alguém da lista, em resposta, logo se adiantou:
CARA, ESSA É VELHA, TENTA OUTRA. MAS JÁ QUE FUI INCLUÍDO NESSA LISTA QUERO DIVULGAR MEU NEGÓCIO. TRABALHO COM XEROX E ENCADERNAÇÃO, RUA… NÚMERO… SERVIÇO RÁPIDO, GARANTIDO, COM DESCONTO E SEM DESCONTO (COM E SEM NOTA FISCAL).
Dentre a grande remessa de emails que derramou-se em interferência, das mais variadas fontes, e também considerando que uma mesma fonte pode fazer muitos emails todos os dias em forma de programas ou seja lá como for, diante disso creio que a amiga abandonou seu email, pois dela não mais recebi mensagem alguma.
Não sei se ela temeu que suas mensagens fossem disseminadas mas, da lista, estavam mais interessados em se manifestar por motivos outros, e o único comentário mais próximo ao seu conteúdo foi em tom de brincadeira:
Relacionamento: Em um relacionamento SÉRIO. Interessado em: HOMENS/MULHERES.
E de resto as mensagens todas, uma atrás da outra, foram dando conta de fazer divulgações e disparates. Eu acompanhei, dessa interferência no email FIM, mais algumas mensagens que se reproduziram nessa lista fatídica.
Uma delas veio de um gozador que, aproveitando-se do título FIM, fez sua piada:
FUNERÁRIA ETERNIDADE – SERVINDO BEM E PARA SEMPRE
Outra, seguindo a mesma linha, não deixou por menos. Um copiando a idéia do outro.
CEMITÉRIO LIBERTAÇÃO – SEJAM BEM-VINDOS E VOLTEM SEMPRE
E tomara que, uma vez gozação, que fique apenas como gozação, mesmo considerando que muitas gozações podem ser perniciosas ou, pior, podem ser prenúncios de descaminhos. Se um gozador vira um pequeno pirata, um pequeno atravessador, logo pode estar copiando os grandes que já fizeram sua escola “do prezinho até a faculdade.”
Mas, se isso ocorre, sempre haverá por parte da vítima a concepção de um novo futuro, de uma nova projeção, de uma nova probabilidade, e frequentemente melhor que antes.
Claro que falar é fácil, e essas coisas levam algum tempo para digestão. E a jovem amiga escritora, com seu email FIM, já havia feito uma digestão e tanto com sua crise. Num outro trecho ela havia dito:
(…)Nos prender a passos só pra frente é só fugir pra labirintos e só pensar no futuro é só buscar o fim que ainda não é fim. Nos prender a passos só pra trás é só dançar só com sombras que só querem sempre estar presentes só porquê não têm muita noção de tempo. E se sabemos que o tempo não usa relógio e é feito de ciclos tanto quanto sabemos que nada nunca dura muito e que se durasse tudo duraria pra sempre e seria tipo eterno que sabemos que é justamente coisa da morte embora, desconfio, se nada dura muito nem iria a morte durar tanto porquê mesmo sabendo que ela é vista como esquecimento geral feito sentença final da vida ainda assim não dá pra ter certeza porquê se todos conhecem o antes do fim ninguém conhece o antes do começo que explica o depois do fim, em resumo por resumo então fica assim que em suma é o jeito que é e que é o saber de saber por saber a saber que nem o passado é estático porquê é tudo convergência e que o presente guarda gosto de um futuro a ser feito a cada passo com sua ondulante perspectiva de retas, daí que a conjugação dos verbos não deve ser dar calotes aos passos que estamos dando pra não nos perder em ambientes perfeitos pra escorrego e sim que de um jeito ou de outro o presente é inerente e se é inerente não precisa ceder a pressões de volume ou quantidade e não que o presente seja só viver só de momento e sim que é estar presentemente pronto ao improviso e não o improviso pela conformação nem a conformação pelo improviso e sim a partir da revisão da ação e pela atuação sobre os efeitos do sido pelo melhor encaixe do sendo ao viver estágios na loteria por loteria além da loteria entre variações e integrações lotéricas, daí que fica bem mais claro que o amplo é eclético e o instante é específico em forma de suplantação e daí que se a identidade começa na comparação em que quem entende o diferente compreende ela vai terminar na unidade em que uma vez único pra sempre sozinho e daí que sozinho se encontra o valor do outro e daí que é pelo sigilo com outro que se têm prerrogativas sobre informações gerais e assim se encontra o valor do conjunto e se o conjunto facilmente cai na frieza toda frieza tem de ser combatida com partículas em máxima mutação porquê a estabilidade se combina com andanças caso contrário é uma simulação, e se vivemos uma natureza tão questionadora que é inquestionável é por isso mesmo que de maneira geral modo por modo por todos os tempos que foram e virão o certo da palavra é ser questionada por quem a deu, entendeu? NÃO entendeu? Não tem problema. É tudo questão de então por então e por isso é que é tudo questão de que sua resposta não iria mudar minha dúvida à qual coisa por coisa já é alguma coisa porquê a questão do então por então é que é tudo tão simples que é complicado porquê o então por então é o dito por dito e diga lá você agora se não é assim que é assim que fica assim?(…)
Fiquei pensando que ela tratou sua auto-estima de um modo adequado. Tem gente que se a auto-estima cai vai fazer compras e gasta mais que pode, e se a auto-estima sobe vai fazer compras e gasta ainda mais. Ela gastou palavras com o cuidado de quem lida com uma transitória matéria-prima.
E nem preciso apostar que ela sabe que o tempo fecha e liberta ao mesmo tempo e, quanto ao seu FIM, torço, que seja apenas COMEÇO.
Everton Bortotti